Agitada, ansiosa, questionadora. Uma verdadeira serelepe… Que toda criança precisa do suporte da família e da escola para desenvolver sua inteligência, isso não é segredo para ninguém. Missão ainda mais difícil para a família Büchle, cuja filha mais velha, Laura, aos nove anos submeteu-se a um dificílimo e raro teste de QI, que apontou um potencial surpreendente.
Com a grande capacidade intelectual verificada, ela se tornou membro da mais antiga e respeitada sociedade de pessoas com alta inteligência do mundo, a Mensa.
A família de Laura, moradora de Itajaí, mudou-se para os Estados Unidos há três anos. A mãe, Bruna, revela que a intenção era mesmo dar melhores condições de vida para as filhas. Antes de embarcar para um novo país, a menina começou a estudar inglês no jardim de infância.
Laura estuda agora em uma classe para crianças com habilidades diferenciadas, como superdotados — condição que muitas vezes tem conexão com elevadas habilidades cognitivas.“A psicóloga afirmou que ela tem ótima convivência social, pois interage muito bem com as crianças, brinca, olha nos olhos, portanto, sua parte social é ótima”, explica a mãe.
A mãe relata que a projeção da filha, na imprensa, teve repercussão positiva e, infelizmente, também negativa. “Há comentários tão horríveis que custo acreditar que existam pessoas que percam tempo escrevendo isso”, desabafa Bruna. Entre as acusações dos internautas, é de que a menina não teria tempo de ser criança. “São afirmações de pessoas que não nos conhecem, ela é criança o tempo inteiro, ela brinca muito”, revela ao canal Pais&filhos.
Desafios
Fabiano de Abreu afirma que fazer parte de uma associação como a Mensa ajudará muito no desenvolvimento da pequena. “A Mensa é uma associação que dá a oportunidade não só de ser avaliado, como também de interagir com pessoas com características similares. Isso é bom, já que a maior dificuldade num superdotado é de ser compreendido.” A mãe, Bruna, tenta dosar infância, limites e incentivos. “Ela tem uma personalidade muito forte, é teimosa e muito rígida em relação aos seus gostos.
Mesmo na hora de brincar ela dita regras intermináveis, eu vivo negociando com ela, tento sempre equilibrar, pois ela precisa entender que há regras e uma rotina, ao mesmo tempo tento mostrar que ela pode se desenvolver, pode alcançar o que quiser”, revela. Ter filhos com estas característica exige uma dose maior de paciência, pois os pais precisam dar limites sem oprimir as habilidades dos filhos, algo desafiador. “Quando explico algo, ela sempre faz muitas perguntas, preciso embasar tudo, ela tem necessidade de saber os detalhes e eu me desdobro também para entender o assunto e poder explicar”.
Apesar da sua leitura, compreensão e demais habilidades irem além da sua idade, Laura é apenas uma criança como qualquer outra. “Ela precisa de mim, do pai, da irmã, estamos sempre dando apoio e carinho”.
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