O bebê, de quase quatro quilos, morreu logo após o nascimento no hospital de Navegantes. A família acusa o hospital de negligência e demora em decidir pelo parto de cesariana.
A avô materna Sônia Maria Rodrigues, 55, conta que a criança nasceu saudável. “Um menino lindo e acabou sepultado às 10h no cemitério do Gravatá,” conta. Pra Sônia, Iuri foi vítima de negligência do hospital, e demora em fazer a cirurgia para vir ao mundo.
Mitali chegou no hospital a uma hora da manhã de terça-feira e, após muito sofrimento e dor, só foi para o centro cirúrgico às 8h30 da manhã.
“Aí alegaram infecção na placenta da minha filha, que ela não tinha feito o pré-natal, chamaram o Samu para transferir a criança para o hospital de Itajaí, mas ele morreu”, conta.
Sônia diz que embora estivesse com 39 semanas de gestação e muita dor, a filha não tinha dilatação para ter o parto normal, mesmo assim os médicos insistiram até o último instante.
“Não fizeram a cesariana na hora que era pra fazer, passou a hora e ele morreu”, acredita. A causa da morte, segundo o atestado de óbito, foi parada cardiorrespiratório. A família mora no bairro São Paulo, e diz que Mitali fez todo o pré-natal e tem exames de ultrassom. Sônia chamou a polícia Militar na hora que soube da morte da criança, perto do meio-dia de terça, e também pretende registrar o caso na delegacia.
Sônia diz que entrará com uma ação judicial contra o hospital. “Quero justiça! Minha neta já se foi há 11 anos no mesmo hospital, agora foi o Iuri e o próximo vai ser quem?”, cobra Sônia.
Mitali já perdeu uma neném no hospital de Navegantes há 11 anos. “Ela foi no hospital de Navegantes duas vezes com dores e na terceira vez o bebê já estava morto”, conta. Mitali tem um filho de 13 anos e uma menina de cinco.
Segunda morte em duas semanas
A secretaria de Saúde de Navegantes ainda não se pronunciou sobre a denúncia de negligência. Essa é a segunda morte de criança no hospital em duas semanas.
No dia 3 de fevereiro, a família de Heitor Carvalho, de dois anos e nove meses, procurou o hospital porque ele sentia fortes dores na barriga. O diagnóstico do hospital foi “gases”.
A família foi ao hospital três vezes. Na última tentativa de atendimento, Heitor estava muito debilitado. O quadro era grave e ele seria transferido pro hospital Pequeno Anjo quando faleceu. O menino foi vítima de uma parada cardiorrespiratória.
O hospital abriu uma sindicância para apurar a causa da morte.
Via: Fran Marcon
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