Com ação de pelo menos 30 criminosos, dez automóveis e armamento de calibre exclusivo das Forças Armadas, o assalto ao Banco do Brasil em Criciúma (SC), na noite da última segunda-feira (30), já é considerado o maior do tipo na história do estado.
Os criminosos atacaram o 9º Batalhão da Polícia Militar com tiros nas janelas, bloqueio na saída com um caminhão em chamas e explosão acionada por celular. “Uma ação sem precedentes”, disse o tenente-coronel Cristian Dimitri Andrade, comandante do batalhão. A ação durou cerca de duas horas
“Já começamos o trabalho de investigação para afirmar que é o maior roubo em proporções em Santa Catarina”, disse o delegado Anselmo Cruz, da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais). “A mobilização dos criminosos nesta madrugada é algo inédito no estado, pelo tamanho da ação.” Para ele, o assalto foi “cinematográfico”.
O Banco do Brasil informou ao jornal Folha de S. Paulo que não se manifestará sobre os valores roubados e disse que não houve nenhum funcionário ou colaborador ferido. A Polícia Militar, porém, prendeu quatro pessoas que recolheram R$ 810 mil espalhados pelo chão após a explosão de cofres.
A agência não abrirá nesta terça (1). Em nota, o banco chamou a ação do tipo “Novo Cangaço”.
“Já temos absoluta certeza que se trata de uma ação planejada com vários meses de antecedência”, disse o delegado Anselmo Cruz.
Ele comparou o assalto com o crime ocorrido no aeroporto de Blumenau em março de 2019. “O roubo em Blumenau começou a ser organizado nove meses antes e era de menor proporção.”
A polícia suspeita que o assalto de Criciúma também teve um longo planejamento. Na manhã desta terça-feira (1), órgãos de segurança retiraram material explosivo que permaneceu no local. O Instituto Geral de Perícias (IGP) está trabalhando para coletar provas.
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