
Desde fevereiro, professores ACTs (Admissão em Caráter Temporário) de Camboriú enfrentam problemas com o pagamento dos salários. Em março, a situação se repetiu, levando um grupo de professoras a protestar na Prefeitura na tarde de segunda-feira, 31, cobrando uma solução imediata.
Conflito Com o Prefeito
Durante o protesto, uma das professoras discutiu com o prefeito Leonel Pavan (PSD), exigindo uma resolução rápida. “Tu acha que eu não tenho coisa pra fazer? Tu acha que as minhas contas não estão atrasadas para pagar?”, questionou indignada.
O prefeito justificou o problema como um erro do Departamento de Recursos Humanos, informando que a correção dependeria da aprovação de um Projeto de Lei pela Câmara de Vereadores.
Tramitação na Câmara e Impasse
Segundo o presidente da Câmara, Marlon Borsatto (MDB), o projeto foi colocado em votação na semana passada, mas alguns vereadores pediram vistas para analisar detalhes técnicos. A falta de informações claras sobre o erro e como seria feito o reajuste motivou a consulta ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas, para garantir respaldo legal antes de autorizar o pagamento retroativo.
Borsatto assegurou que a Câmara busca aprovar a proposta o mais rápido possível, mas destacou a importância da segurança jurídica para evitar novos problemas.
Prefeitura Assume Erros e Promete Solução
Em nota oficial, a Prefeitura de Camboriú admitiu falhas no processo de contratação e pagamento dos ACTs. A administração justificou que as irregularidades ocorreram para garantir o início do ano letivo sem falta de professores em sala de aula.
Embora todos os profissionais tenham recebido os salários, alguns enfrentaram inconsistências devido a “questões operacionais”. A Prefeitura afirmou que está investigando as causas do problema e busca medidas para evitar novas falhas.
O Que Vem a Seguir?
Enquanto a Prefeitura promete soluções e a Câmara analisa a legalidade dos pagamentos retroativos, os professores seguem cobrando respostas concretas. A categoria teme que novos atrasos possam comprometer sua estabilidade financeira e prejudicar o andamento do ano letivo. Resta agora aguardar os próximos passos do legislativo e da administração municipal para resolver o impasse.
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