Um levantamento realizado pelo o Índice FipeZap, em 50 cidades brasileiras, revelou que Balneário Camboriú, possui, no momento, o metro quadrado mais caro na média de venda de imóveis residenciais, com um preço de R$ 9.888/m².
De acordo com a pesquisa, São Paulo, com o bairro Cidade Jardim; e o Rio de Janeiro, com o bairro do Leblon, teriam sido desbancados pela cidade catarinense. Em fevereiro, São Paulo era a cidade com o metro quadrado mais caro entre as 50 pesquisadas.
A região paulista de Cidade Jardim registrou, no período, um crescimento de 5%, em relação ao Leblon em termos de preço médio de venda de residências prontas.
Ainda de acordo com o levantamento, no mês de março foi registrado um acréscimo de 1,50% no preço de venda de imóveis em Balneário Camboriú. Em fevereiro, o município registrou um elevação desse índice, passando a 1,54%, de acordo com a pesquisa.
A variação de 2022 é de 5,16%. Sendo que, em 12 meses, o levantamento identificou uma alta de 24,93% no preço de venda de imóveis. O índice é quatro vezes maior do que a variação média nacional. No comparativo entre as 50 cidades avaliadas, o aumento em 1 ano, foi de 6,10% no Brasil.
Aumento da faixa de areia:
Em entrevista ao site G1, o professor de gestão financeira da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Crisanto Soares Ribeiro, associou a alta de preços na cidade com o aumento da faixa de areia da Praia Central, uma vez que indica uma forte possibilidade de incremento da estrutura turística.
O professor também ressaltou que a variação de 12 meses do preço do metro quadrado em Balneário Camboriú subiu mais do que a inflação, que, de acordo com a pesquisa da FipeZap, atingiu 10,69%, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA); e 14,77%, com o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), tomado como uma das referências na avaliação e acompanhamento do mercado imobiliário.
A tendência do uso de imóveis como investimento, também foi elencada por Crisanto Soares Ribeiro como um fator de aumento dos preços médios de venda de imóveis em Camboriú.
“Vale lembrar que, no ano passado, havia um cenário de queda de taxa de juros. Se nós analisarmos, na questão de investimento, muitas pessoas se voltaram em investimentos em imóveis em função da queda dos rendimentos das taxas tradicionais“, disse o professor ao G1.
Ele exemplificou que, no comparativo com a caderneta de poupança – com rendimento de 6.17% ao ano, um imóvel comprado e vendido 1 ano depois, apresentaria um rendimento 4 vezes maior que da poupança.
“Balneário [Camboriú] tem essa característica, pessoas que buscam como segunda residência e fonte de investimento. Usam plataformas [de aluguel] como o Airbnb para potencializar investimento, assim o imóvel não fica parado, principalmente na alta temporada”, completou ao jornal.
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