Uma operação policial realizada nesta sexta-feira (6) resultou na prisão de um casal em Balneário Camboriú, acusado de liderar um esquema de venda de remédios abortivos para todo o Brasil. Um terceiro integrante do grupo foi detido em Curitiba. Segundo a Polícia Civil do Paraná, os suspeitos são reincidentes e já haviam sido presos em 2020 por crimes semelhantes.
Esquema criminoso
As investigações revelaram que a mulher, de 30 anos, utilizava redes sociais e plataformas online para comercializar os medicamentos, cobrando entre R$ 600 e R$ 2.200 por cada venda. Seu companheiro, de 39 anos, era responsável por realizar as entregas em Santa Catarina. Durante buscas na residência do casal, foram encontradas cartelas de comprimidos e outros materiais relacionados ao crime.
Já o terceiro envolvido, preso em Curitiba, distribuía os medicamentos na capital paranaense e em cidades vizinhas. Em sua posse, os policiais encontraram comprimidos escondidos no carro e até na sola de seus sapatos, evidenciando os métodos utilizados para evitar a fiscalização.
Histórico de reincidência
De acordo com a delegada Aline Manzatto, o casal já havia sido condenado em 2020 por participação em uma rede similar. Mesmo após a prisão, os suspeitos retomaram a atividade criminosa, utilizando ferramentas online para atingir um público maior.
— “A associação criminosa já havia sido desarticulada em 2020. Os suspeitos retomaram as atividades, vendendo os medicamentos de forma clandestina por telefone e sites”, afirmou a delegada.
Operação integrada
A prisão dos três suspeitos foi resultado de uma operação conjunta entre as polícias civis de Paraná e Santa Catarina, que cumpriu sete mandados judiciais. As ações ocorreram em Balneário Camboriú, Itapema (SC), Curitiba e Antonina (PR), mobilizando cerca de 30 policiais.
Crimes e penalidades
Os envolvidos responderão por falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, além de associação criminosa. Caso condenados, as penas podem ultrapassar dez anos de prisão.
As investigações continuam, e a polícia busca identificar outros possíveis envolvidos no esquema.
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