Mariane Kelly dos Santos, 35, foi encontrada morta no Rio Itajaí-Açu em Navegantes, amarrada e com marcas de violência. O caso é investigado pela Polícia Civil de Itajaí, cidade onde ela morava, desde sexta-feira (9). Os investigadores tentam esclarecer as pontas soltas na história que começa um dia antes, quando Mariane saiu do trabalho e pegou carona com uma pessoa próxima.
A mulher trabalhava em uma cafeteria de Itajaí e saiu do serviço na quinta-feira (8), no começo da noite. Como não chegou em casa, o marido, que é pastor de uma igreja evangélica, pediu ajuda nas redes sociais para encontrá-la, dizendo que a esposa teria desaparecido depois de entrar em um carro de aplicativo. Uma corrente do bem se formou na internet em busca de Mariane e um boletim de ocorrência foi feito.
A angústia durou pouco menos de 24 horas, mas foi substituída pela perplexidade. No início da tarde do dia seguinte, um pescador encontrou o corpo de Mariane boiando no rio, próximo à Rua Manoel Evaldo Muller, em Navegantes. A Polícia Militar e o Instituto Geral de Perícias foram acionados. Segundo a PM, além de amarrada, a vítima teria perfurações próximo ao ombro. O laudo pericial para apontar a causa da morte ainda não foi concluído pelo IGP.
Com o início das investigações, foi descoberta uma informação incorreta: Mariane não solicitou um motorista de aplicativo, mas sim embarcou em um carro que pertence à vizinha dela. O veículo foi encontrado na madrugada de domingo, conforme a PM, no chamado Morro das Cabras, uma região de mata em Navegantes. O automóvel ficou à disposição da Polícia Civil para perícia.
Inicialmente o inquérito ficou sob responsabilidade do delegado Angelo Fragelli. No depoimento, o marido mudou a versão sobre Mariane ter solicitado uma corrida. A Polícia Civil apurou também que ele usava o automóvel da vizinha eventualmente.
A dona do carro não foi localizada durante o fim de semana e, até o momento, ninguém foi preso. O delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Itajaí, Sérgio Sousa, assumiu o caso. Questionado sobre as investigações, disse apenas que o “procedimento é sigiloso” e que não pode responder.
Religiosa e querida por todos
O crime chocou a comunidade evangélica, família e amigos de Mariane. A mulher era conhecida por ministrar na igreja e estar sempre alegre, independente dos problemas. Mãe de uma adolescente de 17 anos, era casada e deixou a Bahia há anos para morar com o esposo e a filha em Itajaí.
O corpo de Mariane foi enterrado no Cemitério da Fazenda no final da manhã desta segunda-feira (12).
Por Bianca Bertoli
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