
O agravamento do coronavírus em Santa Catarina gerou um alerta dos técnicos da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) do Estado por “medidas imediatas mais severas”. Nesta quarta-feira (15), eles enviaram um parecer ao secretário de Saúde do Estado, André Motta Ribeiro, pedindo que o governo faça uma nova intervenção.
Para a Vigilância, deve haver uma ação “tal qual ocorreu em meados de março”, quando o governador Carlos Moisés da Silva determinou o fechamento de atividades econômicas para forçar o isolamento social em modelo de quarentena.
Os técnicos destacam que, apesar de a letalidade em SC ser relativamente baixa, quando comparada ao restante do país, provavelmente pelo aumento na quantidade de leitos disponíveis, “se permanecermos na tendência linear estabelecida pelo número de casos ativos, onde 10% destes têm necessitado de Acompanhamentos em UTI, em 12 dias esgotar-se-á esta capacidade de atendimento e um número maior de óbitos poderá ser registrado por falta de vagas”.
Na visão da Vigilância, as medidas adotadas em março contribuíram para a redução na velocidade da propagação da doença, mas a flexibilização evidenciou que os cuidados individuais e coletivos por parte da população não se tornaram hábitos: “parece que a percepção é de uma situação confortável”, dizem os técnicos.
Para finalizar, os servidores lembram que são reiteradas as recomendações já feitas no Centro de Operações de Emergências em Saúde (COES) “de que o Estado de Santa Catarina estabeleça imediatamente medidas de restrição mais severas a fim de reduzir o número de casos ativos e consequentemente um controle mais efetivo da epidemia, evitando a saturação dos serviços de saúde”.
O secretário de Saúde diz que tem ciência do parecer, mas que a posição do Estado é aguardar o resultado das medidas dos municípios. A avaliação, segundo ele, é diária. Em paralelo a isso, a pasta tem enviado equipamentos para abertura de mais leitos de UTI.
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