Jesse Koz, de 29 anos, tem chamado a atenção por rodar com seu fusca 1978, com placas de Balneário Camboriú, na badalada Times Square, em Nova York, nos Estados Unidos. É por lá que ele fica até segunda-feira (18), quando parte para próximo destino. Desde 2017, foram 16 países desbravados.
Junto de Dodongo, como o carro foi apelidado, Jesse percorre as Américas na companhia também do cachorro, o Shurastey, um golden retriever igualmente desbravador. Eles querem chegar ao Alasca em setembro.
Apesar do currículo extenso de viagens, que pode ser conferido no Instagram do rapaz, Jesse não conseguiu conter a emoção de passar pelas ruas nova-iorquinas, onde chegou em 6 de abril.
“Ó, o fuscão, onde que está! Não acredito nisso!”, disse, em vídeo publicado na rede social.
A viagem faz parte de um projeto, chamado “Shurastey or Shuraigow?”, uma adaptação inspirada na música “Should I Stay or Should I Go” (traduzido do inglês Devo Ficar ou Devo Ir), sucesso da banda The Clash. A ideia é chegar ao Alasca. No Instagram, cerca 310 mil pessoas acompanham as aventuras diárias do trio Jesse, Dodongo e Shurastey.
Para dar nome ao fusca, Jesse também buscou inspirações de seu cotidiano. Dodongo vem de um personagem de vídeo game.
“É um ‘dragão’ muito forte, que tem a pele muito dura e a única forma de matá-lo é dando uma bomba pra ele comer. E o fusca é assim: muito forte”, comenta.
Recepção
O curitibano, que até então morava em Balneário Camboriú, disse que está sendo bem recebido nos Estados Unidos. “O fusca é uma máquina de fazer amigos. Ele é muito simpático, então as pessoas são muito simpáticas com ele”, brinca.
“Apesar de eu não falar inglês, a gente acaba conversando no embromation (gíria para enrolação). As pessoas buzinam. O americano é muito solícito também. Está sendo a realização de um sonho”, comemora.
Ele conta que é parado, muitas vezes, por seguidores durante as viagens. Em Nova York, por exemplo, tem sido assim. “Veio gente tirar foto, conversar, perguntar da viagem. Tinha seguidor que sabia que a gente ia passar e ficou esperando”, revela.
Foram 16 países, do Uruguai aos Estados Unidos, conhecidos desde 2017, quando decidiu largar a faculdade de Educação Física e o emprego como vendedor. Após vender o que tinha, saiu do Brasil com R$ 10 mil na conta, um fusca de R$ 7 mil e um cão de 2 anos e meio. Hoje, ele mantém as viagens vendendo produtos em seu site e fazendo ações publicitárias nas redes sociais.
Como o foco é conhecer lugares, vale tudo para economizar. Jesse afirma que ele e Shurastey costumam dormir na barraca automotiva. Também acontece de serem convidados para passar a noite na casa de moradores.
Volta da pausa
Em 2020, o trio precisou voltar para o Brasil por causa da pandemia. A viagem para os Estados Unidos, onde chegaram em 4 de fevereiro de 2022, significa uma retomada às estradas.
“Seguimos rumo a Miami e chegamos em Nova York na última quinta feira. Daqui, nós vamos para Chicago e depois Califórnia. Em setembro, está prevista a chegada ao Alaska”, comenta.
Apesar de uma dúzia de problemas mecânicos, viajar pelas Américas tem sido tranquilo e seguro. É o que garante o aventureiro.
Por Sofia Mayer, g1 SC
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