No início da manhã desta terça-feira, 6, um bebê nasceu dentro do carro no estacionamento do Hospital Municipal Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú. O caso foi relatado pela avó da criança, Alice Coelho de Britto. Segundo ela, o parto aconteceu após a médica mandar sua filha, grávida e em trabalho de parto, para casa.
Mãe e filha chegaram no hospital por volta das 3h. De acordo com a avó da criança, sua filha estava com 41 semanas de gestação e chegou à unidade com três dedos de dilatação, quando a médica orientou que ela caminhasse pelos corredores. Cerca de duas horas depois, ao refazer o exame de toque, a plantonista disse que o trabalho de parto havia evoluído pouco e elas deveriam ir para casa e retornar após às 7h, quando aconteceria a troca de plantão.
“Ela saiu de lá com muita dor. Conseguimos chegar até o carro que estava estacionado quase na frente do Ruth. Ela piorou e resolvi chamar ajuda na portaria. Me disseram que só poderia ir até o carro com a cadeira se o carro estivesse parado ali na porta. Quando voltei no carro, minha filha já estava com o bebê no colo. Nasceu dentro do carro. Foi aí que comecei a gritar do susto de ver ela com o bebê, aí apareceu socorro. Cortaram o umbigo ali mesmo”, contou a avó.
A Diretora Geral do Hospital, Syntia Sorgato, apresentou outra versão. Segundo ela, a paciente não foi mandada para a casa e foi para o carro por vontade própria. A gestora afirmou também que a orientação para que a paciente fizesse caminhadas pelos corredores é um procedimento padrão do hospital.
“A gestante foi avaliada e, por estar em início de trabalho de parto, foi orientada a caminhar no corredor do hospital para ser reavaliada novamente. Por decisão própria, foi até o carro, onde entrou efetivamente em trabalho de parto, dando a luz e sendo prontamente conduzida ao Centro Obstétrico onde recebeu o atendimento adequado”, disse a direção da unidade em nota.
Questionada sobre a paciente sair do hospital supostamente sem consentimento e sem assinar um documento confirmando isso, a gestora respondeu que “a gestante estava em observação. Deve ter falado com o guarda que iria até o carro para retornar, geralmente são cordiais e liberam nestas situações de gestante, para buscar algo que esqueceu, roupas, etc”, afirmou Syntia.
Em relação a nota apresentada pelo hospital, a avó questionou a versão. “Ela mandou ir pra casa, e não ficar caminhando”, afirmou.
Durante a denúncia e entrevista da gestora, outros ouvintes fizeram contato com a produção da Rádio Menina com relatos de situações semelhantes no hospital. Uma das ouvintes estava no estacionamento da unidade de saúde no momento do parto e enviou imagens:
Via: Rádio Menina BC
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