Julgamento durou mais de 10 horas e terminou às 20 horas desta terça-feira (27)
Leonardo Nathan Chaves Martins foi condenado a 12 anos de reclusão, em regime fechado, pelo crime de homicídio qualificado contra a jovem Gabriella Custódio Silva, em Joinville.
A jovem tinha 20 anos quando foi assassinada, em 23 de julho de 2019, na casa dos pais de Leonardo em Pirabeiraba, na zona Norte da cidade.
Leonardo era acusado por homicídio duplamente qualificado (feminicídio e por dificultar a defesa da vítima) e por fraude processual. Os sete jurados, depois de quase 11 horas de julgamento, decidiram que ele era culpado pelo crime, mas não acataram a qualificadora de feminicídio, que elevaria a pena de Leonardo. Por isso, ele recebeu a pena mínima para homicídio doloso (em que há intenção de matar), com a qualificadora de dificultar a defesa da vítima.
No período da manhã, foram ouvidas quatro testemunhas (uma indicada pelo Ministério Público e outras três pela defesa) e também o réu Leonardo. Pela ordem, o primeiro a falar foi o promotor Ricardo Paladino, do Ministério Público, que apresentou vídeos de depoimentos de audiência de instrução, exibiu cenas da chegada da garota carregada no colo para dentro do Hospital Bethesda. O promotor falou da suposta ocultação de celulares e da arma do episódio para esclarecer detalhes do caso.
Os advogados de defesa argumentaram que o tiro disparado pela arma foi acidental, ou seja, sem a intenção de matá-la. Após as duas explanações, também aconteceu a réplica e a tréplica.
A sessão de julgamento foi presidida pelo juiz Gustavo Henrique Aracheski, titular da Vara do Tribunal do Júri da comarca de Joinville. Atuou com o promotor Ricardo Paladino, com os assistentes de Acusação, Marco Aurélio Marcucci e Israel Patrício. Os advogados de defesa do réu foram: Pedro Wellington Alves da Silva, Jonathan Moreira dos Santos, Deise Kohler e Antonio Luiz Lavarda.
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