
Na noite de terça-feira (22), a Rua Panamá, em Balneário Camboriú, foi palco de uma intervenção urgente. Após denúncias anônimas, a Polícia Militar e o Conselho Tutelar encontraram uma menina de 9 anos em situação de vulnerabilidade extrema: hematomas em todo o corpo, ferimentos recentes causados por pedaços de madeira e barras de ferro e sinais gritantes de negligência.
Vizinhas como anjos da guarda
Duas moradoras, sensibilizadas pelo choro contínuo e pelos pedidos de socorro da criança, não hesitaram: invadiram o silêncio ao chamarem a polícia. “Ela dizia que estava sempre com fome e vivia com roupas sujas”, contou uma das testemunhas, ainda abalada pelo que presenciou. A solidariedade dessas mulheres foi decisiva para interromper o ciclo de violência.
Evidências que chocam
Ao chegarem ao local, os militares confirmaram as denúncias: além das lesões físicas, a garota não tinha itens básicos de higiene, como escova de dente, e vivia de restos de comida ou doações dos vizinhos. As marcas no rosto, braços, pernas e barriga foram documentadas pela perícia, e o relato da própria vítima reforçou a gravidade do caso.
Autuação em flagrante
Diante das provas e da confirmação dos maus-tratos, a mãe, de 25 anos, foi detida em flagrante e responde por abandono de incapaz, maus-tratos e lesão corporal no âmbito de violência doméstica. Ela foi encaminhada à delegacia local para os procedimentos legais cabíveis.
Rumo à recuperação
A menina foi acolhida pelo Conselho Tutelar, que agora coordena seu apoio psicológico e social. “Nosso compromisso é garantir proteção e cuidados para que ela possa superar esse trauma”, afirmou o órgão. Enquanto isso, a comunidade de Balneário Camboriú se mobiliza para oferecer roupas, higiene pessoal e uma rede de carinho para restaurar a infância roubada.
O que esperar agora?
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Investigação aprofundada para apurar participações e eventuais omissões.
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Acompanhamento psicológico e social contínuo para a criança.
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Mobilização comunitária em prol de vítimas de violência doméstica.
Este caso é um alerta sobre a importância da vigilância comunitária e da denúncia. O silêncio, muitas vezes, alimenta o ciclo de barbaridade – cabe a cada um de nós decidir se vamos ouvir e agir.
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