A popularização das motos elétricas no Brasil trouxe praticidade e economia para muitos usuários. No entanto, a falta de regulamentação clara e fiscalização tem gerado um ambiente de insegurança, especialmente nos centros urbanos. Entre os problemas recorrentes, destacam-se o uso de motos elétricas sem capacete, por condutores sem habilitação, além da circulação em calçadas, contramão e o transporte de crianças sem qualquer tipo de proteção.
A cena é comum em muitas cidades: crianças sendo carregadas sem capacetes, condutores trafegando em calçadas ou em vias de maneira imprudente e perigosa. A situação preocupa tanto pedestres quanto motoristas e provoca questionamentos sobre a ausência de uma lei específica que imponha limites claros para o uso desses veículos.
Lacunas na legislação atual
Atualmente, a regulamentação de motos elétricas no Brasil é descentralizada. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece que ciclomotores precisam ser registrados, os condutores devem possuir habilitação na categoria “ACC” ou “A”, e o uso de capacetes é obrigatório. Porém, em muitos locais, as motos elétricas são confundidas com bicicletas motorizadas, o que pode permitir brechas legais.
Enquanto isso, muitos municípios ainda não possuem regras específicas, o que deixa a fiscalização comprometida. Sem uma lei nacional clara que trate diretamente do uso desses veículos, a sensação de impunidade aumenta e incentiva práticas irresponsáveis.
Impactos na segurança pública
A ausência de fiscalização rigorosa para motos elétricas tem um impacto direto na segurança. Acidentes com pedestres em calçadas, colisões em vias de mão única e a falta de equipamento de proteção adequado para condutores e passageiros, incluindo crianças, são exemplos de riscos que poderiam ser minimizados com regulamentações e fiscalização mais efetivas.
O caminho para soluções
Alguns estados e municípios têm tentado implementar legislações locais que exijam habilitação, capacete e limites de velocidade para motos elétricas, mas a falta de uniformidade gera confusão. Especialistas sugerem que a criação de uma lei federal pode ser uma solução para o problema. Além disso, a fiscalização precisa acompanhar as mudanças e coibir as infrações de maneira mais rigorosa.
Por enquanto, os órgãos de trânsito recomendam o uso seguro desses veículos. Capacetes, licenciamento e habilitação são indispensáveis, mesmo quando a legislação local é omissa.
Um alerta para a sociedade
A regulamentação das motos elétricas não é apenas uma questão de normas de trânsito, mas também de educação e conscientização. Incentivar o uso responsável desses veículos enquanto novas leis não são aprovadas pode evitar acidentes e salvar vidas. Até lá, a responsabilidade recai sobre condutores e a exigência de que o poder público trate o tema com a devida urgência.
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