Uma mulher de 61 anos foi presa em flagrante na tarde desta sexta-feira (4) em Itajaí, Litoral Norte de Santa Catarina, acusada de maus-tratos a animais. A suspeita foi denunciada por moradores do bairro Itaipava após ser flagrada enterrando seu cachorro ainda vivo no quintal de casa.
A ocorrência teve início quando o Instituto Itajaí Sustentável (Inis) recebeu uma denúncia de crueldade animal. A equipe do instituto se dirigiu ao local e, ao constatar a situação, acionou a Polícia Militar para prestar apoio. Ao ser abordada pelos agentes, a mulher confessou que decidiu enterrar o cão ainda com vida, justificando que o animal estava muito debilitado e sem se alimentar há cerca de uma semana.
Segundo a suspeita, ela não tinha condições financeiras para levar o cão ao veterinário e optou por sacrificá-lo com as próprias mãos para, supostamente, “acabar com o sofrimento do bicho”. Os policiais solicitaram que a mulher apontasse o local exato onde o cão estava enterrado. Ela cooperou e indicou a área no quintal onde havia realizado o ato.
Denúncias anteriores não foram verificadas a tempo
O caso de maus-tratos havia sido inicialmente reportado ao Inis no último dia 1º de outubro. Na denúncia, vizinhos afirmaram que o cachorro estava amarrado por uma corrente curta, sem condições adequadas de saúde e bem-estar. No entanto, a equipe só conseguiu retornar ao local nesta sexta-feira, encontrando uma situação ainda mais grave do que a inicialmente relatada.
Ao ser confrontada, a mulher declarou que o cão estava extremamente debilitado e, por não ter recursos para oferecer um tratamento médico, tomou a decisão de enterrá-lo vivo. Diante da gravidade do ocorrido e do flagrante de maus-tratos, a suspeita recebeu voz de prisão e foi encaminhada para a Central de Plantão Policial, onde responderá pelo crime de crueldade contra animais.
A lei de maus-tratos a animais e as consequências
A legislação brasileira é clara quanto ao crime de maus-tratos a animais, especialmente após a sanção da Lei 14.064/2020, conhecida como “Lei Sansão”, que aumentou a pena para até cinco anos de reclusão em casos de crueldade contra cães e gatos. A prisão da suspeita reforça a importância de denunciar qualquer indício de violência contra animais, uma vez que as autoridades estão cada vez mais atentas e rigorosas na punição desses crimes.
O cachorro, mesmo com a rápida intervenção, não resistiu. A história, que rapidamente gerou comoção e revolta entre os moradores, reacende o debate sobre a necessidade de conscientização e apoio para a proteção animal, além de reforçar a importância do auxílio veterinário acessível para a população de baixa renda.
Denuncie casos de maus-tratos
A população pode colaborar para evitar situações como essa denunciando maus-tratos a animais através dos números de emergência 190 (Polícia Militar) e dos serviços municipais de proteção animal. O apoio da comunidade é fundamental para prevenir e combater a violência contra seres indefesos.
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