O cão mascote ( Negão), do projeto “Reabilitação”, do complexo penitenciária da Canhanduba, em Itajaí, foi encontrado morto. Ele estava desaparecido desde o dia 02 de outubro.
A agente penitenciária Bruna Logen, que era a tutora de Negão, confirmou a triste notícia. Ela explica que o cachorro era o mascote da penitenciária há quatro anos. “Um cachorro com bandana no pescoço, e ele sempre estava de bandana, foi encontrado carbonizado na estra-da geral, lá perto do lixão, a uns cinco minutos do complexo”, explica.
A morte de Negão foi confirmada há cinco dias, mas como Bruna estava de férias, ela só foi informada do ocorrido na quinta-feira. “Estamos arrasados. Aqui na Canhanduba, volta e meia matam cachorro. Já recebi várias reclamações de encontrarem animais mortos e nunca ninguém sabe quem foi”, lamenta.
Segundo ela a vizinhança costuma queimar os corpos de animais mortos para evitar o mau cheiro. “Talvez ele estivesse morto mesmo quando foi queimado. Prefiro pensar assim”, desabafa.
Punição para dar o exemplo
Aline, que ficou chocada com a notícia da morte do cão, lamenta que a lei que deveria punir os maus tratos nem sempre pune os criminosos. Ela lamenta que a impunidade favoreça novos casos de maus tratos. “Só vai resolver quando as pessoas que maltratam animais forem presas”, opina.
Aline diz que um bom exemplo é o caso do jogador de futebol americano Michael Vick, que foi condenado a 23 meses de prisão por seu envolvimento com um grupo de organizadores de brigas de cachorros.
Michael incentivava a briga de cães, apostas ilegais e o massacre de pit bulls. “Mesmo sendo jogador famoso, ele sofreu os rigores da lei. Ele foi punido, mostrando à sociedade que não se pode tolerar maus tratos ou qualquer tipo de agressão aos animais”, finaliza.
Negão fazia parte do projeto Reabilitaçao, que ajuda na ressocialização de presos da penitenciária da Canhanduba. Os presos cuidam dos peludinhos e ainda recebem curso profissionalizante de banho e tosa.
Os animais atendidos no programa são resgatados das ruas e, depois de receberem os cuidados no presídio, são colocados à adoção no perfil AdotaBC.
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