O policial militar Fernando Palhano Lopes, 54 anos, foi condenado a 20 anos e 10 meses de prisão, em regime fechado, pela morte da mulher, a policial civil Karla Silva de Sá Lopes, em dezembro de 2017. O crime ocorreu em Itapema.
A decisão do júri popular saiu no fim da noite de quinta-feira (20). Lopes, que é cabo da reserva da PM, foi condenado por ocultação de cadáver e por homicídio triplamente qualificado – feminicídio, assassinato por motivo torpe e por surpresa. O advogado Luiz Eduardo Cleto Righetto, que representa o policial, diz que deve recorrer.
Após o julgamento, Palhano foi levado ao 12º Batalhão da Polícia Militar, em Balneário Camboriú, onde estava preso desde o crime. O comandante do batalhão, tenente-coronel Alexandre Coelho Vieira, disse na manhã desta sexta (21) que vai pedir à Justiça que o policial seja transferido para uma unidade prisional.
Segundo ele, o batalhão não dispõe de cela, e nem pessoal para manter um preso condenado a 20 anos de detenção. Lopes está preso em um quarto.
O policial ficou detido no batalhão da PM por determinação judicial, logo após o crime, porque a defesa alegou que ele estava sob ameaças.
Relembre o caso
Lopes denunciou o desaparecimento da mulher, Karla, em 6 de dezembro de 2017. Ele disse que ela teria saído para caminhar na praia, pela manhã, e não voltou.
No dia seguinte, ela foi encontrada morta e enterrada na Praia de Taquaras, em Balneário Camboriú, com uma marca de tiro na cabeça. A investigação da Polícia Civil apontou que Lopes atirou contra a mulher, em Itapema, durante uma discussão. Os dois estavam juntos há 10 anos.
De acordo com o processo, Lopes confessou o crime a um capitão da Polícia Militar, e desenhou um mapa indicando o local onde enterrou Karla. Foi com base nessas informações que a PM chegou ao corpo da policial civil.
A defesa, no entanto, apresentou no julgamento outra versão para o caso. Lopes negou a confissão feita ao capitão da PM. Segundo o advogado Luiz Eduardo Cleto Righetto, ele disse ao oficial que que “teria feito uma besteira”, por ter deixado que Karla caminhasse sozinha na orla.
Por Dagmara Spautz
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