Nesta quinta-feira (19), em Itapema, o policial militar Fernando Palhano Lopes, 54 anos vai a júri popular. Ele é acusado de ter matado a policial civil Karla Silva de Sá Lopes, em dezembro de 2017.
Lopes está preso, desde então, no 12º Batalhão da PM, em Balneário Camboriú. Segundo o advogado Luiz Eduardo Cleto Righetto, que o representa, o policial afirma ser inocente.
As acusações contra Lopes são de homicídio triplamente qualificado – feminicídio, assassinato por motivo torpe e surpresa.
A denúncia do desaparecimento de Karla foi feita pelo próprio marido, em 6 de dezembro de 2017. Ele disse que ela teria saído para caminhar na praia, pela manhã, e não voltou.
No dia seguinte, o corpo foi encontrado na Praia de Taquaras, em Balneário Camboriú, com uma marca de tiro na cabeça. Para a polícia, Lopes teria atirado contra a mulher, em Itapema, durante uma discussão. Os dois estavam juntos há 10 anos.
Lopes teria confessado o crime a um capitão da Polícia Militar, e desenhado um mapa indicando o local onde enterrou Karla. Foi com base nessas informações que a PM chegou ao corpo da policial civil.
A defesa, no entanto, deve apresentar outra versão para o caso. O advogado Luiz Eduardo Cleto Righetto diz que Lopes nega a confissão feita ao capitão da PM. De acordo com a defesa, ele afirma ter dito que “teria feito uma besteira”, por ter deixado que Karla caminhasse sozinha na orla.
A policial civil era natural de Lages, e trabalhava na delegacia de Correia Pinto. Ela estava em processo de transferência para o Litoral. Karla tinha deixou um filho, que tinha 13 anos quando ela morreu.
O júri popular começa às 9h, na Câmara de Vereadores de Itapema.
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