O bilionário sul-africano Elon Musk, 50, é dono da Tesla e da SpaceX, o empresário é considerado a pessoa mais rica do mundo em 2022, com uma fortuna estimada em US$ 219 bilhões (R$ 1,075 trilhão), de acordo com ranking da revista Forbes.
Mas quem é Elon Musk? Como ele formou seu império? Confira abaixo alguns detalhes da vida do empresário:
Família explorava minas de esmeralda na África do Sul
Elon Musk veio de uma família de classe rica de Pretória, na África do Sul. O pai, Errol Musk, explorava minas de esmeralda. Ele aprendeu programação sozinho quando era criança. Aos 12, fechou seu primeiro negócio ao escrever o código de videogame e vendê-lo para a revista PC and Office Technology, por US$ 500.
Aos 17 anos, ele se mudou para o Canadá, onde estudou na Queen’s University e começou a vender peças de computador e PCs completos para outros alunos. Dois anos depois, foi transferido para a Universidade da Pensilvâ, nos EUA, onde se formou em economia e física. Chegou a ser aprovado em um doutorado em Stanford, na Califórnia, mas deixou a universidade em poucos dias para construir uma startup com o irmão Kimbal.
Pai emprestou dinheiro para 1ª startup
Kimbal e Elon Musk criaram o Zip2, um software de guia da cidade para jornais, com US$ 28 mil em capital inicial emprestado pelo pai. Em 1999, os irmãos venderam o Zip2 por US$ 307 milhões. Elon ficou com US$ 22 milhões.
O empresário investiu mais da metade de seus ganhos no cofundador do X.com, um serviço de pagamentos online. A empresa se fundiu com sua principal rival e se tornou o PayPal, com Elon como acionista majoritário. Em 2002, o eBay comprou o PayPal, o que rendeu lucro de US$ 180 milhões ao empresário. Aos 31 anos, Elon Musk já acumulava um patrimônio de US$ 165 milhões.
SpaceX e Tesla
Em maio de 2002, Elon Musk investiu US$ 100 milhões de sua fortuna pessoal para criar a Space Exploration Technologies, ou SpaceX, que tem o plano ambicioso de espalhar a civilização humana pelo espaço.
Logo depois, em 2003, ele também foi cofundador da Tesla, fabricante de carros elétricos. Em 2010, dois anos após ser salva da falência por um empréstimo de US$ 456 milhões do governo dos EUA, a empresa se tornou a primeira montadora norte-americana a ter suas ações negociadas na Bolsa desde a Ford, em 1956.
O empresário também é cofundador da SolarCity, fornecedora de sistemas de energia solar, além da Boring Company, que se dedica a explorar o subsolo.
Divórcio e quase falência
No final de 2008, Elon se divorciou de sua primeira esposa — Justine Musk —, o que mexeu com suas finanças. O empresário chegou a dizer que “ficou sem dinheiro” e estava vivendo de empréstimos de amigos enquanto tentava manter suas empresas funcionando.
As coisas só se reestabeleceram quando a Tesla estreou na Bolsa, em 2010, fazendo a fortuna de Musk disparar.
Em 2012, Elon Musk apareceu pela primeira na lista dos mais ricos da Forbes, com um patrimônio líquido de US$ 2 bilhões.
Satélites no Brasil
A reunião com Bolsonaro envolve um projeto da Starlink, empresa de Elon Musk, para operar satélites de órbita baixa no Brasil.
Segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, o governo federal quer utilizar satélites de órbita baixa para levar internet para áreas rurais e lugares remotos, além de ajudar no controle de incêndios e desmatamentos ilegais na floresta amazônica.
De acordo com a empresa, a internet da Starlink funciona enviando informações através do vácuo do espaço, onde se desloca mais rapidamente do que em cabos de fibra óptica, o que a torna mais acessível a mais pessoas e locais.
Em 28 de janeiro deste ano, a Starlink recebeu autorização da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para oferecer internet no Brasil.
Compra do Twitter
Em 25 de abril deste ano, Elon anunciou a compra de 100% do Twitter por US$ 44 bilhões (cerca de R$ 216 bilhões, na cotação atual). Com a aquisição, a companhia deixaria de ter ações negociadas em bolsa, e se tornaria uma empresa de capital fechado. O negócio ainda está sujeito a aprovações regulatórias.
Neste momento, o acordo está suspenso, enquanto o bilionário espera por mais detalhes a respeito das contas falsas existentes no Twitter.
O empresário é conhecido por defender “livre expressão” na plataforma e já criticou algumas medidas do Twitter no passado — o que o fez cair no gosto de bolsonaristas no Brasil, que criticam a rede social pelos limites impostos ao compartilhamento de desinformação.
Quando o Twitter fixou o acordo com Elon Musk, o presidente Jair Bolsonaro disse que a compra “mudou o humor do Brasil”, já que o sul-africano falou ter como prioridade “aumentar os limites da liberdade de expressão”.
Por UOL
(Com Estadão Conteúdo)
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