A Secretaria de Saúde do Estado emitiu uma Nota de Alerta assinada em conjunto pela Superintendência de Vigilância em Saúde, Coordenação Estadual de Segurança do Paciente, Laboratório Central de Saúde Pública, Vigilância Sanitária Estadual e Diretoria de Vigilância Epidemiológica.
Em Santa Catarina, até o dia 10 de agosto de 2021, foram detectados 36 casos da variante Delta em 20 municípios catarinenses.
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Desse total, quatro são considerados casos autóctones (de transmissão dentro do estado), sete casos importados (transmissão fora do estado) e 25 estão em investigação sobre o local provável de infecção. “Acredita-se que com a conclusão das investigações e a continuidade das ações de Vigilância Genômica, realizada a partir de mostras biológicas com resultados detectáveis pela metodologia de RT-qPCR para o vírus SARS-CoV-2, em breve será decretada oficialmente a transmissão comunitária da VOC Delta no Estado de Santa Catarina”, consta o documento.
A nota traz uma série de medidas que devem ser adotadas pelas equipes de vigilância sanitária e epidemiológica, serviços de saúde e população em geral.Entre as principais medidas está a organização de estratégias de preparação e resposta frente a uma possível nova onda de casos e intensificação de vacinação.
E para a população em geral, o alerta é para manter as medidas de prevenção como uso de máscaras, distanciamento social evitando aglomerações e ambiente com pouca ventilação e lavagem das mãos, além de buscar a vacinação assim que as doses estiverem disponíveis.
Veja as recomendações abaixo:
O QUE DIZ A NOTA
Vigilância genômica
Recomenda-se a coleta de material para realização de RT-qPCR no Lacen, para posterior sequenciamento, para os casos que se enquadrem nas seguintes situações:
● Casos suspeitos de reinfecção;
● Casos graves ou óbitos em pacientes sem comorbidades;
● Óbitos em gestantes;
● Casos graves e óbitos de indivíduos com o esquema vacinal completo;
● Casos e contatos que viajaram para locais com circulação de nova variante;
● Amostragem de casos relacionados a surtos.
Medidas a serem adotadas pela Vigilância Sanitária e Epidemiológica
● Reforçar a fiscalização para efetivo cumprimento das normas sanitárias vigentes e evitar possíveis aglomerações;
● Reforçar as medidas de prevenção e de proteção para população em geral, como uso de máscaras, distanciamento físico e uso de soluções antissépticas (água e sabão, álcool gel) para lavagem de mãos;
● Intensificar as medidas de prevenção e de proteção para a comunidade escolar, mantendo o uso de máscaras individuais, distanciamento físico e uso de soluções antissépticas (água e sabão, álcool gel) para lavagem de mãos, bem como buscar o afastamento de qualquer indivíduo sintomático;
● Reforçar as ações de vigilância quanto ao monitoramento e rastreamento dos contatos, a fim de interromper as cadeias de transmissão;
● Intensificar cuidados em populações mais vulneráveis, como as residentes em instituições de longa permanência (ILPI);
● Notificar e investigar oportunamente os casos e surtos de COVID-19, bem como reforçar ações de vigilância quanto ao rastreamento e monitoramento de contatos, bem como isolamento de sintomáticos visando interromper e reduzir a transmissão;
● Realizar comunicação efetiva com a população, garantindo o entendimento do risco e das medidas de prevenção.Medidas a serem adotadas pelos serviços de saúde;
● Preparar a rede de assistência para um possível aumento exponencial de casos de COVID-19 com a introdução e dominância da linhagem Delta em território catarinense, com a manutenção de leitos clínicos e de terapia intensiva com suporte;
● Monitorar os estoques de medicamentos e insumos utilizados em unidades de terapia intensiva, além de oxigênio;
● Garantir os processos de manutenção preventiva e corretiva de equipamentos, bem como manter capacidade de gestão de resíduos;
● Garantir a disponibilidade de Equipamentos de Proteção Individual para os profissionais de saúde;
● Reforçar as medidas de controle para surtos de COVID-19 em ambiente hospitalar (importância da vacinação completa dos profissionais);
● Atualizar o plano de contingência para o enfrentamento da pandemia com enfoque às medidas preventivas não farmacológicas, tais como o uso correto de EPIs, higiene de mãos com uso de soluções antissépticas (água e sabão, álcool gel) e o distanciamento físico;
● Garantir que as equipes de saúde estejam capacitadas para o enfrentamento da pandemia, bem como na prevenção e controle de infecções;
● Atualizar os documentos sobre as medidas de precaução e isolamento (de pacientes, de acompanhantes e dos profissionais de saúde) e do Plano de Controle de Infecção (PCI);
● Afastar o profissional de saúde sintomático, no contexto da COVID-19;
● Realizar a testagem para SARS-CoV-2 de profissionais, pacientes e/ou acompanhantes que apresentarem sintomas respiratórios, independente do esquema vacinal.
Intensificação da vacinação
● Organizar estratégias de vacinação para que, a partir do recebimento das vacinas, a imunização dos grupos ocorra de forma célere;
● Estabelecer estratégias de busca ativa, no caso de cobertura vacinal baixa nos grupos prioritários e na população em geral na faixa etária elencada para o momento de vacinação;
● Priorizar a qualquer momento a vacinação das pessoas pertencentes aos grupos prioritários que, por acaso não tenham recebido a vacina, assim como das faixas etárias abertas anteriormente;
● Reforçar as estratégias e a comunicação de risco para que a população não postergue e nem busque escolher o fabricante da vacina, pois todas as vacinas protegem contra as formas graves da doença e, apenas com o esquema vacinal concluído a imunização tem o seu efeito e as pessoas estarão protegidas;
● Orientar sobre a necessidade do retorno para a administração da segunda dose (D2) no período recomendado pelo fabricante e, se necessário, os municípios devem realizar busca ativa para a conclusão do esquema;
● Alcançar níveis de cobertura vacinal de no mínimo, 75% da população, com o intuito de reduzir as taxas da transmissão da COVID-19 no Estado;
● Registrar as informações sobre a vacinação em até 48h no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização
Medidas gerais
● Reforçar a importância de alcançar o esquema completo de vacinação com duas doses realizadas dentro do intervalo correto ou com a dose única assim que a vacina estiver disponível para o grupo etário;
● Reforçar a importância do uso de máscaras, em locais públicos e privados, que devem ser de uso individual, estimulando o uso daquelas de maior qualidade, como as N95, PFF2 ou similares;
● Respeitar o distanciamento físico de, no mínimo, 1,5 m (um metro e meio) entre as pessoas em todos os ambientes de uso coletivo;
● Manter sempre os ambientes bem ventilados, incluindo o transporte público, mantendo as janelas e portas abertas sempre que possível para uma maior circulação de ar;
● Intensificar a higienização de depósitos, banheiros, áreas de circulação, utensílios, superfícies, equipamentos, maçanetas, mesas, corrimãos, interruptores, sanitários, elevadores, vestiários e armários com álcool 70%, preparações antissépticas ou sanitizantes de efeito similar;
● Intensificar ampliar a divulgação e/ou comunicação por meio visual e sonoro nos estabelecimentos comerciais e industriais para o público reforçando a necessidade e a importância de evitar tocar olhos, nariz e boca, além de higienizar sistematicamente as mãos, especialmente nas seguintes situações: ao chegar ao estabelecimento, após tocar em superfícies, após tossir, espirrar e/ou assoar o nariz, antes e após o uso do banheiro, antes e após alimentar-se, bem como manter o distanciamento visando a prevenção da disseminação da variante Delta;
● Evitar viajar e realizar comemorações com a presença de pessoas que não residem em sua casa;
● Não participar ou frequentar locais em que possa haver aglomeração de pessoas.
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