Na próxima segunda-feira (1°), inicia a Temporada de Pesca da Tainha, que segue até o dia 31 de julho. Em Balneário Camboriú, serão nove pontos identificamos para a pesca espalhados nas praias do município.
Na Praia Central, três pontos estarão identificados (Rua 3.100, Rua 3.700 e Rua 4.000). As praias de Laranjeiras, Taquaras, Taquarinhas, Pinho, Estaleiro e Estaleirinho, terão um ponto de apoio cada.
A pesca da tainha é considerada patrimônio cultural de Balneário Camboriú e de Santa Catarina. A atividade é uma característica da cultura local, um retrato do modo de vida peculiar dos pescadores do litoral catarinense. Cerca de 200 famílias vivem da pesca artesanal da tainha em Balneário Camboriú.
A temporada de pesca conta com o apoio da Prefeitura de Balneário Camboriú e da Polícia Militar. A Fundação Cultural e a Secretaria do Meio Ambiente atuarão em conjunto com a Colônia de Pescadores Z-7, dando estrutura de apoio, orientações e fiscalizando a atividade. Em Balneário Camboriú, há ranchos tradicionais e centenários, além de um acervo com exemplares de canoas bordadas.
Durante a temporada, não é permitido o uso de armação de redes de pesca tipo feiticeira e de malha, além do uso de cilibrim e fisgas. Também é proibido o uso de jet skis, lanchas rebocadoras e embarcações motorizadas nas orlas das praias.
Curiosidades sobre a pesca artesanal da tainha:
– Os cardumes de tainha (Mugil liza) iniciam a migração reprodutiva, saindo dos estuários e lagunas costeiras para a desova no mar. É durante essa migração que acontece a captura do peixe.
– As canoas usadas são as chamadas “canoas de um pau só” ou “canoas bordadas”. São esculpidas a partir de um tronco maciço de uma única árvore de garapuvu. As canoas são cada vez mais raras pela impossibilidade de abater a árvore.
– As cores das embarcações não são aleatórias. As embarcações são pintadas de cores contrastantes para facilitar a visualização da canoa no mar.
– Cada pescador tem sua função: o vigia (que fica no aguardo do cardume apontar no mar), dois remadores, um chumbereiro (que lança as redes), o patrão (que direciona o cerco). A puxada normalmente conta com ajudadores ocasionais (passantes voluntários, que são recompensados com uma fração do pescado).
– A lei nº 4.327, de 18 de outubro de 2019, declarou a pesca artesanal para captura de tainha patrimônio cultural imaterial de Balneário Camboriú.
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